Simplicidade

Publicado por em fev 28, 2011 em Mesinha de Cabeceira | 1 comentário

Um industrial ficou horrorizado ao encontrar um pescador deitado ao lado de seu barco, fumando um cachimbo.
– Por que você não está pescando? Disse o industrial
– Porque já pesquei peixes suficientes para hoje.
– Por que você não pesca mais?
– O que eu faria com eles?
– Ganharia mais dinheiro. Aí você poderia arrumar um motor para seu barco e ir para o alto mar capturar mais peixe. Isto te traria mais dinheiro para comprar redes de pesca, então mais peixe e mais dinheiro. Logo você teria dinheiro suficiente para comprar dois barcos, ou mesmo uma frota de barcos. Aí você poderia ser rico como eu.
– O que eu faria então?
– Aí você poderia relaxar e curtir a vida.
– O que você acha que estou fazendo agora?

Um dos efeitos interessantes desta minha fase de minimização é que estou tendo que olhar/rever tudo que tenho dentro de casa. Este pequeno conto é o preâmbulo do livro Timeless Simplicity (Simplicidade Atemporal – Vida Criativa em uma Sociedade de Consumo), de John Lane, que faz parte da minha coleção desde 2002. É um livro que trata da simplicidade voluntária, e as vantagens de viver uma vida menos “cheia de coisas”, estressante e consumista. Também trata do cuidado com a “nossa casa”, a Terra.

O livro é cheio de belíssimas ilustrações e rico em citações, como esta:
“A civilização é uma multiplicação sem limites de necessidades desnecessárias”, Mark Twain.

Um Comentário

  1. Olá Roberta,
    Adorei seu blog. Sou estudante do curso de Homeopatia na UFV, uma das materias do curso de agroecologia. Sou dono de pizzaria e a cinco anos atrás tomei uma decisão que deixou todos surpresos. Morava em Juiz de Fora e mudei com a família para uma cidadezinha menor que o bairro onde eu morava, montei uma pizzaria, estou super bem e super feliz com a minha decisão. Tenho uma vida bem mais tranquila e sou muito mais feliz. Tive que te contar isso depois que li este conto, do pescador e o industrial. Hoje posso ter o privilégio de numa sexta feira por exemplo sair para cavalgar, será que existe luxo maior? Quantas pessoas não queriam simplesmente parar numa sexta feira e não podem…

    Um cordial abraço.

    Cristiano

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