Chile: Lembranças e Esperanças

Publicado por em fev 28, 2010 em Blog | 0 comentários

Em 2008, em meio à organização do Terra Madre 2008, recebi um convite para ir ao Chile. Um convite inesperado, que chegou em um momento de muito trabalho. Um convivium Slow Food de lá (Frontera Sur), que envolve também uma Fortaleza Slow Food (Ovos Azuis) iria realizar um evento e me convidaram para falar sobre o Slow Food, sobre a Fundação Slow Food para Biodiversidade, sobre o Terra Madre. Aceitei antes de pensar, e esperei o dia da viagem chegar, em meio a muito trabalho para organizar a viagem de 150 pessoas para a Itália.

Logo depois do Terra Madre 2008, lá vou eu para o Chile. Sem ter tido tempo de pesquisar sobre a região, sobre quais os trabalhos que eram desenvolvidos lá, arrumei a mala e fui.

Sem expectativas, fui muito bem recebida pela Rita (quem me convidou) e foi um dos momentos mais prazerosos e gratificantes que já tive viajando. Conheci um Chile que pouca gente conhece, almocei numa Ruka e comi comida Mapuche, degustei deliciosos pratos preparados por Chefs de cozinha (como o Chef Andres Martínez, da Rede Terra Madre), fiquei sabendo das atividades desenvolvidas pelo Cetsur e Fundación Recomiendo Chile em apoio às populações tradicionais e principalmente, conheci gente muito legal.

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Na volta, o trabalho tomou conta de novo, não tive tempo de escrever sobre a experiência e o máximo que fiz foi publicar um álbum de fotografias na rede. Continuei em contato com a Rita, mas assim como com outros amigos, os e-mails foram minguando e a comunicação passou a ser mesmo por telepatia.

Ontem de manhã liguei a televisão e a BBC estava em meio à notícia sobre o terremoto, que aconteceu justamente em Concepción, sede do Convivium e onde moram as pessoas que conheci. Outra área muito atingida foi a Ilha Robinson Crusoe, onde o Slow Food tem outra Fortaleza (Pescado da Ilha Robinson Crusoe). Conheci alguns dos integrantes durante o Terra Madre 2004, pois estavam no grupo que eu cuidava.

Escrevi um e-mail para a Rita, que voltou, e mandei uma mensagem no facebook, assim como outras pessoas. Hoje busquei no site criado pelo Google, e até agora não tenho nenhuma notícia. Apesar de toda a catástrofe, espero receber boas notícias a qualquer hora.

Outras tragédias que aconteceram este ano também me abalaram. No caso de São Luiz do Paraitinga, foi fácil ter notícias dos primos que moram lá, e não houve mortes. No caso do Haití, apesar de ser uma tragédia de proporções muito maiores, não tenho ligações emocionais com o local. Agora, no caso do Chile….

Tem muita imagem da catástrofe na rede, e eu prefiro agora ter em mente as imagens boas dos momentos maravilhosos que passei por lá, para pensar sempre positivo com esperanças de boas notícias. Então decidi dividir estas imagens com quem quer que seja que esteja lendo este blog.

Depois da minha ida, outra amiga esteve lá e tem imagens belíssimas aqui.

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