Estamos às vésperas da reunião da CTNBio – Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – que tem como um dos pontos de pauta a “Liberação comercial de feijoeiro geneticamente modificado resistente ao Mosaico Dourado-Evento Embrapa 5.1” ou, para simplificar, a liberação do feijão transgênico para o mercado e para a mesa do consumidor.
Infelizmente, a partir do dia 15/09 poderemos ter mais uma variedade de planta transgênica na nossa mesa. O feijão se juntará às diversas variedades de milho e soja já liberadas. E com uma lida rápida na pauta da próxima reunião percebe-se que vem por aí também a liberação planejada no meio ambiente do arroz (da Basf), e já houve liberação planejada do trigo.
E tudo isso acontece sem muita clareza e transparência. Afinal, quem são estas pessoas que estão tomando decisões a respeito de nossa biodiversidade e soberania alimentar (composição da CTNBio)? Como é possível ter tanta informação confidencial nos processos de liberação comercial e liberação planejada no meio ambiente?
O Professor Rubens Nodari, da UFSC, explica um pouco sobre os organismos transgênicos nesta entrevista.
Ele é autor de um dos capítulos do livro “Transgênicos para Quem? Agricultura, Ciência e Sociedade”, que está disponível para download gratuito no site do NEAD (Clique aqui para baixar o livro).
Outras fontes importantes de informação são:
– Posicionamento do Consea Nacional da Audiência Pública sobre o Feijão Transgênico.
Falei do feijão, do arroz e do trigo, mas faltou falar da cana de açucar, que também está na fila para sendo desenvolvida pela Syngenta e Monsanto. Eles falam do etanol, mas com a cana também são produzidos a rapadura, o melado, o açucar….e consequentemente os doces. Veja mais nesta notícia: Empresas Investem na Cana Transgênica: http://bit.ly/qfUdVm