Eu não tenho muita coisa, mas se tem uma coisa em especial que eu tenho muito é livro. Quando fui para a Escócia me livrei de tudo, só deixei algumas (muitas) caixas com livros para minha irmã cuidar. Ela morava em Florianópolis, se mudou para Curitiba, e lá se foram meus livros com ela (que trabalho!). Na volta ao Brasil, depois de mais de 4 anos fora, a bagagem se resumia a duas malas de roupas e … muitas caixas de livros. Depois de um tempo aqui, minha irmã me enviou os livros que estavam com ela, e logicamente, eu comprei mais livros. Neste meio tempo, eu doei livros também, mas não na mesma proporção que os adquiri. Já deu para sentir o volume do problema?
O ponto principal da questão é que sou relativamente desapegada à maioria das coisas, mas tenho um afair com os livros. Tem alguns que já li umas 3 vezes e ainda sei que vou ler de novo, mas tem outros que li uma vez e guardei, e uns poucos que não li. Ficam lá, no armário lotado, sem ninguém mais ter acesso.
Numa viagem técnica no final do ano passado, a revista da companhia aérea trazia uma reportagem interessante, sobre um movimento que já tem mais de 10 anos, 900 mil adeptos em todo o mundo, e que está no Brasil desde 2006: o BookCrossing. Eu trouxe a revista para casa (também por que tem uma reportagem interessante sobre Buenos Aires e outra sobre Florianópolis) e agora veio muito bem a calhar.
Veja do que se trata:
No início deste ano me propus a minimizar, diminuir o volume de coisas que mantenho, diminuir as responsabilidades, as contas, simplificar a vida. Continuo no processo, que deve demorar para ser concluído, já que está sendo feito no meu tempo livre, o qual atualmente não é muito abundante (uma das razões para ter iniciado o processo!). Já passei pelo armário de roupas, pelo armário do banheiro, e agora chegou a vez dos livros.
Separei muitos livros para libertar. Estão já registrados na minha estante no portal. Também já etiquetei os livros, e agora falta libertá-los. Mas ainda não consegui elaborar bem a idéia de deixar os livros por aí, para serem encontrados. Parece muito legal, mas “com os meus queridos livros”? E se ninguém os achar? E se os acharem e não registrarem o achado no site? Nossa, este exercício de desapego está sendo mais difícil do que esperava.
Para começar, estou planejando algumas “libertações controladas”, como o movimento também propõe. Entregar alguns para amigos e conhecidos, e deixar a tarefa de libertá-los aleatoreamente para eles. As pessoas também podem olhar a minha estante e me dizer se querem ler um determinado livro, que eu dou um jeito de entregar.
Até parece que estou trapaceando, mas acho que aos poucos me liberto dos livros com mais facilidade. Quer me ajudar?
Eu já pratico tem um bom tempo. Tenho um projeto de biblioteca comunitária, se vc quiser doar alguns, agradeço. 🙂
Adorei a ideia de ficar largando livros para outras pessoas.Problema,mtas.vezes quiz doar meus livros e revistas mas aqui não aceitam,ultima destinação? reciclagem.Pensei mandar ao Brasil, mas eh mto.caro!!!por isso vou acumulando livros e revistas,a maioria livros de arte e revistas de digital art, alguma sugestão?todos os livros são em ingles.
Há algum tempo venho fazendo esse “exercício de desapego” com minhas coisas pois vou me mudar para um local menor e depois pra outro menor ainda. Com os livros não foi simples, mas o resultado foi muito satisfatório: todos aqueles que resolvi doar acabaram indo parar na mão de pessoas interessadas no assunto de que tratavam. A sensação foi ótima !!!